É certo que o americano Ernest Hemingway viveu e amou Paris durante a sua juventude nos anos 20 e por toda sua vida. Mas o escritor era mais do que só um intelectual da "da geração perdida". Hemingway frequentava corridas de cavalos, bicicletas, admirava esportes de coragem, momentos extremos e praticava atividades como ski (em montanhas sem "pistas") caçadas em lugares remotos, boxe, além de ter sido aprendiz dedicado de touradas e pescarias.
Durante a segunda guerra, mudou-se definitivamente para Cuba e aproximou-se da cultura do mar onde escreveu a obra que lhe daria prêmio nobel de literatura em 1954: O Velho e o Mar (The Old man and the Sea, 1952) sobre um velho e seu último grande desafio como homem e pescador. Uma relíquia para quem gosta de saber mais sobre o espírito do mar e sobre os seres que o habitam.
Hemingway passou pela mesma iniciação pela qual passam os surfistas: Um dia ele apaixonou-se pelo mar. Entrou tanto em contato com a cultura da pesca que passou até uma tempoada em Cabo Blanco, no Peru, local de pescaria farta e que por acaso, possui aquela esquerda tubular, clássica e perigosa, apelidada Pipe do norte do Peru.
Sobre o mar ele escreveria mais 2 livros. Também escreveu sobre touradas, guerras e sobre pessoas e lugares que fizeram parte de sua vida.
Scott Fitzgerald, seu amigo e rival teria dito que Hemingway era muito mais interessante do que sua obra. Ressentimentos á parte, creio que ele estava certo.
Hemingway foi um escritor outsider, de espírito livre que dedicou-se profundamente ao desenvolvimento de sua literatura. Cidadão do mundo, procurou viver a melhor vida possível fazendo tudo o que gostava. Se fosse jovem nos dias de hoje teria tudo para ser um escritor surfista.
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